domingo, 28 de abril de 2013

ANÁLISE DO FILME MATRIX (1999)




SINOPSE DO FILME
         Dirigido por Lana Wachowski e Andy Wachowski, Matrix é um filme de ação e ficção científica e tem como protagonistas Keanu Reeves, Laurence Fishburne, Carrie-Anne Moss.  Em um futuro próximo, Thomas Anderson (Keanu Reeves), um jovem aparentemente comum, não fosse a sua incomparável habilidade mental, é atormentado por estranhos pesadelos nos quais encontra-se conectado por cabos e contra sua vontade, em um imenso sistema de computadores do futuro.  
         Anderson é um programador de sistemas que durante o dia, trabalha num corporação de software, a MetaCortex, uma das maiores empresas de software do mundo; e durante a noite, assume o papel de um hacker, adotando o nickname Neo. Até que, certo dia, a vida de Thomas Anderson é metamorfoseada no bom estilo kafkiano (em seu conto clássico, Franz Kafka nos diz, logo nas primeiras linhas: “Quando certa manhã Gregor Samsa acordou de sonhos intranquilos, encontrou-se em sua cama transformado num inseto monstruoso”).
Mas Neo não é Gregor Samsa da Obra A Metamorfose de Kafka. Sua metamorfose será de outro tipo (sair do artificialismo que a mente e o corpo humano estão mergulhados). O que ele recebe pela manhã, na tela de seu computador, é uma exortação: “Acorde, Neo... A Matrix te achou. Siga o coelho branco”. Esta é a primeira (e significativa) mensagem do filme Matrix.  Na verdade, trata-se de uma convocação misteriosa de um grupo clandestino, liderado por Morpheus (Laurence Fishburne). 
A partir do momento que os sonhos se repetem constantemente, Anderson começa a ter dúvidas sobre a realidade. Por meio do encontro com os misteriosos Morpheus  e Trinity (Carrie-Anne Moss), Thomas descobre que é, assim como outras pessoas, vítima da Matrix, um sistema inteligente e artificial que manipula a mente das pessoas, criando a ilusão de um mundo real enquanto usa os cérebros e corpos dos indivíduos para produzir energia. 
        Morpheus, entretanto, está convencido de que Thomas Anderson é Neo, o aguardado messias capaz de enfrentar a Matrix e conduzir as pessoas de volta à realidade e à liberdade. Logo na cena de abertura do filme temos agentes federais perseguindo Trinity, membro do grupo terrorista. De relance, aparece a noticia de que Morpheus está sendo caçado (“A caçada começa...”).
É nesta trama misteriosa que Thomas Anderson, o pacato empregado, irá se inserir. Sem motivo aparente, ele passa a ser caçado pelos agentes federais. Tenta escapar, mas não consegue. Neo é considerado pelos agentes federais um elo do grupo terrorista de Morpheus. Após ser liberado, é conduzido por Trinity até o esconderijo misterioso de Morpheus. Neste momento, Neo é desafiado a escolher entre a pílula azul e a pílula vermelha.
Esta é sua primeira (e decisiva) escolha, ou seja, ele terá que escolher entre permanecer como está (imerso na “stupid little life”, como diria Lester Burhan, personagem central de Beleza Americana, de Sam Mendes), ou conhecer a verdade do Real.
Imbuído de aguda curiosidade, Neo escolhe a pílula vermelha, que o conduz a uma outra dimensão da sua vida pessoal. Ao escolher a pílula vermelha, Neo renasce, literalmente.
         A partir daí, Neo “conhece” a Matrix e o significado da luta do grupo de Morpheus. Torna-se membro da resistência humana, atuando na Matrix a partir de sua base submarina, o Nabucodonosor. Desde a escolha da pílula vermelha, a trama do filme dos Irmãos Wachowski se desenrola em fases delimitadas: o (re)nascimento de Neo, o descobrimento da Verdade, seu treinamento, a ida ao Oráculo; a traição e armadilha de Cypher, a captura de Morpheus, seu resgate por Neo e Trinity, o duelo no Metrô entre Neo e o agente Smith; a fuga de Neo, sua morte e ressurreição e a afirmação de Neo como o Escolhido, aquele que irá redimir a humanidade da dominação das Máquinas, libertando-os da Matrix.

ASPECTOS E REFLEXÕES SOCIOLÓGICAS DO FILME
         Thomas Anderson (Neo) é um homem solitário, oprimido e coisificado pelo condicionamento do trabalho estranhado (teoria marxista). É o que se sugere logo no inicio do filme. Num diálogo com um amigo, Neo observa: “Você já se sentiu como se não soubesse se está acordado ou se está sonhando...?”. E o amigo retruca: “Você precisa sair um pouco, cara”. Mas, movido pela ética do trabalho estranhado, Neo observa: “Não posso. Preciso trabalhar amanhã.” Enfim é parte da engrenagem do sistema, funcionando como um proletário da informação-mercadoria, totalmente desefetivado – no sentido da precarização - em sua capacidade de apreender o sentido do real.

 Karl Marx e a Matrix
         Para Karl Marx, filósofo e pensador alemão, a propriedade privada nos tornou tão ignorantes e especializados que um objeto só é nosso quando o possuímos, ou seja, quando ele existe como capital ou quando é diretamente experimentado, comido, vestido, habitado, etc. em suma, quando é utilizado... Por isso todos os sentidos físicos e espirituais foram substituídos pelo caráter do ter, pura alienação de todos esses sentidos. O ser humano precisou ser reduzido a essa pobreza absoluta para dar à luz sua riqueza interior. Em Matrix, os homens e mulheres estão imersos no trabalho abstrato. De fato, homens e mulheres foram reduzidos àquilo que na ótica do capital é a única coisa que lhe interessa – trabalho abstrato, ou seja, a forma de trabalho caracterizada por ser o mero dispêndio de energia humana, não importando seus atributos concretos (é de Marx a distinção entre trabalho abstrato e trabalho concreto). Enfim, na ótica do sistema do capital, só servimos na medida em que somos fonte de trabalho abstrato, base do valor e da mais-valia (MARX, 1985). É contra tal função social dominadora que se insurgem os “terroristas” de Morpheus. Deste modo, as Máquinas são, em Matrix, a metáfora do Capital como sistema de extração de sobretrabalho, orientado para a acumulação de valor.

Matrix e a moral humana
        Percebe-se que a partir da escolha da pílula vermelha, constata-se a questão ética que definitivamente permeia a moral humana, pois, em Matrix, acompanhamos constantes dilemas, constituídos por uma série de escolhas morais. 
Além da decisão de tomar a pílula vermelha, Neo será obrigado a fazer outras escolhas decisivas, como resgatar ou não Morpheus ou se submeter ou não ao destino. Como diria Lukács, “o homem é um ser que dá respostas”. Matrix é um filme que se sustenta em um sólido alicerce moral.  Matrix, aborda, em última instância, o tema da liberdade humana e da própria dialética liberdade e necessidade. É através deste enfrentamento cotidiano, que Neo adquire a consciência de si, permeado por obstáculos à liberdade pleiteada pelos seres humanos. O que temos em Matrix é a luta do homem contra seus objetos estranhados. As Máquinas Inteligentes em Matrix buscam a sua própria sobrevivência através da dominação sobre os homens, transformados em meras baterias de energia (metáfora suprema do trabalho abstrato, como dizia Marx). É a prefiguração mítica de uma inversão absoluta entre criador e criatura. A criatura domina e vive à custa do criador, criando um novo sistema de dominação. 

MATRIX E A RELIGIÃO
No filme, a Matrix é um mundo dos sonhos gerado por um computador, um gigantesco sistema de realidade virtual que simula o nosso mundo como é hoje e conecta toda a humanidade adormecida, mantida sem consciência de sua própria realidade. Todas as pessoas do planeta (exceto um grupo de rebeldes que habita o subsolo da Terra) foram escravizadas há uma centena de anos, depois de uma sangrenta batalha que foi vencida por máquinas dotadas de inteligência artificial. Os humanos são utilizados como fonte primordial de energia pelas máquinas, impossibilitadas de usarem a energia solar, que não penetra mais na atmosfera. 
        As referências religiosas do Filme Matrix, começam com o nome de batismo de Neo,  Thomas Anderson – que significa ANDER (homem) + SON (filho), ou seja, filho do Homem; e Thomas ou Tomás é o nome do autor do Evangelho fundamental do gnosticismo.As analogias de Matrix com as religiões começam fáceis. Boa parte das pessoas que viram o filme devem ter notado a presença de elementos cristãos na produção. Na mais óbvia delas, Neo morre, ressuscita e ascende aos céus. Jesus Cristo? Morpheus preparou a vinda do Messias. Neo é O Messias, O escolhido, aquele da qual falam as profecias e cuja vinda é preparada por Morpheus, que por sua vez cumpre o papel no filme que na Bíblia é de João Batista. O personagem, cujo nome é o mesmo do deus grego dos sonhos (mais uma simbologia inteligente), aguarda pacientemente a vinda do Messias, que poderá submeter a Matrix às suas próprias regras, reprogramando-a a partir de dentro. Em outras palavras, realizar milagres.
Merecem destaque ainda o fato da primeira Matrix ter sido concebida como um lugar ideal - um paraíso - que foi rejeitado pelos humanos (a história de Adão e Eva) e os nomes Apoc (abreviação de Apocalipse), Zion (Sião, a Terra Prometida para os judeus) e, o mais interessante, Cypher (interpretado por Joe Pantoliano) - cujos atos refletem a traição de Judas na Bíblia. Cypher, que quer dizer "codificador", também espelha a natureza do personagem: alguém que não pode ser decodificado/entendido.

Análise Psico-Filosófica
Imagine prisioneiros que passaram suas vidas inteira são amarrados em um caverna. Foram amarrados de forma que não conseguem olhar para trás, apenas para uma parede a sua frente. Em suas costas uma fogueira, e entre eles a fogueira há um caminho.
Imagine uma variedade de objetos passando diariamente pelo caminho. E evidentemente, que são as pessoas conduzindo suas vidas. Suas formam criam sombras curiosas na parede. Este é o mundo que os prisioneiros jamais conheceram. As sombras e os ecos de objetos que nunca viram!
Agora imagine que um dos prisioneiros é libertado. Depois de algum tempo se adapta a forte luz (o sol/verdade absoluta), o prisioneiro libertado começará a vivenciar o mundo (sensível), pela primeira vez. E não se parece nada  do que ele poderia imaginar. Com uma nova percepção sobre o mundo, o homem evidentemente, quer voltar e compartilhar suas incríveis descobertas com seus antigos amigos.Mas os prisioneiros não conseguem conhecer seu próprio amigo. Ele se parece com todas as coisas. Sua voz é um eco distorcido e seu corpo uma sombra grotesca. Eles não conseguem entender sua fantástica história sobre o mundo fora da caverna.
Para eles isso nunca existirá! Mas evidentemente, não torna o mundo de fora da caverna menos real!

Platão
Esse é a história do Mito da Caverna,que também é  chamado de Alegoria da caverna. Este mito foi criado pelo Filósofo Grego Platão. Usarei este mito para analisar Matrix e seus ideais. 
Também usarei uma teoria de  Autônomo e autômato da psicologia de Dr. Cury, e também usarei minha própria teoria da Escolha.
Antes de começar a comentar o filme,  vamos entender a teoria do mundo das ideias de Platão: O Mundo Sensível e o Mundo Inteligível.
O Mundo Sensível: É aquele que percebemos através dos nossos sentidos. Por meio da audição, olfato, paladar, tato e visão conseguimos ter noção desse mundo.
O mundo inteligível: Aquele que é o reino das ideias puras e perfeitas, um mundo que se percebe através da mente humana.
Para Platão, o Mundo Sensível seria aquele pelo qual sentimos o universo a nossa volta, seja por meio dos nossos sentidos biológicos. Já o mundo Inteligível, por sua vez, seria o mundo das ideias: imutável, supratemporal, puro,intocável.Somente por meio da razão e do pensamento é que seria possível alcança-lo. Discordando um pouco de Platão, acredito que o mundo inteligível não possa ser alcançado somente pela razão, mas também, pela emoção. Quantas vezes você já esteve apaixonado e se sentiu em outro mundo? em outro lugar? uma lugar que vem de dentro para fora? esse é o mundo Inteligível da Emoção. Lembre-se de que as emoções também podem ser inteligentes.
Desse modo, defendia Platão, a realidade que tomamos por concreta e verdadeira nada mais é do que uma representação imperfeita provinda de uma ideia perfeita, essa ultima pertence ao cristalismo e perfeito mundo das ideias.
Teoria Mórfica de Platão
"O corpo é o cárcere da alma"
Por meio dessa teoria Platão defendia que, como percebemos o mundo por meio dos sentidos, o corpo é o que realmente atrapalha nosso espírito no conhecimento das ideias puras.  Pense bem, o corpo pode viver sema mente? e a mente pode viver sem o corpo? Mais tarde responderei a isso.

Passando Agora para o filme, temos o Sr. Thomas Anderson, que depois será chamado de Neo em sua casa atuando como um Hacker e tem uma breve conversa com seu computador, ele abre a porta e fala com seu colega, e irônicamente ele chama Neo de "Jesus" meu Salvador particular. Ao longo do filme ele começa a desconfiar do mundo e da realidade que vive, acredito que alguns que estam lendo isso já possam ter se sentido assim.
Cenas depois, Neo fala ao celular com Morpheus após ter encontrado Trinity, ele é pego pelos Agentes e conversa pela primeira vez com o Vilão Smith. Na conversa Smith fala que o Sr. Anderson (como ele gosta de falar), tem uma vida dupla, em uma é Neo e em outra Thomas Anderson. Agora pense: Quantas vezes você já ágil de uma maneira que não fosse a sua? quantas vezes já pensou "eu não devia ter feito aquilo", "o que foi que me deu?", "parece até que não era EU". Isso se chama Instinto, mas para o Sr. Anderson foi uma questão de "Escolha".Alguns  momentos depois, Smith Insere em Neo uma espécie de verme Tecnológico, movido por Mano-tecnologia (Tecnologia-viva) com um A.I (inteligênia Articial). Mas depois Neo acorda em sua cama, como se tudo não tivesse passado de um mero sonho.


Em seguida, Neo vai ao encontro de Trinity e entra no carro do grupo dela, ele então percebe a que o mundo dos "sonhos"  e o mundo real não são tão diferentes assim, que ambos podem ser um só, pois os dois vem do mesmo lugar. Segundo a Psicanálise os sonhos são a manifestação dos nossos desejos inconscientes. Neo sonhou e desejou sair da sua "realidade."
Na próxima cena Neo tem um diálogo épico com Morpheus. Morpheus explica para Neo sobre Matrix, e que Neo na verdade, esta vivendo em um mundo de sonhos. 


Ele pergunta se Neo acredita em destino, e Neo diz que não, pois não gosta da ideia de não poder ter controle de sua própria vida, a verdade é que ninguém gosta dessa ideia, não é? Morpheus fala no que ele acredita, e diz que ele só acredita no que "vê", mas que também sente que há algo de errado no mundo, ele fala que esse mundo é na verdade Matrix, e que todos somos escravos, mas escravos da mente.
Lembrando um pouco do Mito da Caverna, as pessoas em Matrix e os escravos da caverna são uma comparação a toda humanidade, pois nós não enxergamos a verdadeira realidade, apenas aceitamos o que nos é passado. Mas a partir do momento que o homem reconhece que tudo o que ele considera verdade não é real, ele se liberta. Então, o saber dele se torna racional. No mito, o Sol é comprado a verdade absolsuta, que quando é reconhecido pelo homem, ofusca seus olhos e ele nada enxerga. Assim o homem  se depararia com um mundo totalmente oposto ao subterrâneo em que ele fora criado. Podemos comparar essas ideias ao mundo de Matrix e o mundo real do filme.
Momentos depois Morpheus oferece as clássicas pilulas, a Azul e a vermelha. Tomando a pilula azul seria fim da historia, Neo acordaria em sua casa como se nada tivesse acontecido, tomando a pilula vermelha ele conheceria a verdade. Neo então aceita pilula vermelha fazendo juz a frase de Morpheus, que diz "Não é possível explicar Matrix é preciso vê-la", é como se ele disse-se "Não é possível explicar o que a realidade você precisa enxerga-la por si só".
Quando Neo esta prestes a entrar em Matrix Morpheus lhe diz " E se tivesse um sonho que não conseguisse mais acordar?" Podemos dizer que esse é o momento em que o "escravo" sai da "caverna"
Ao decorrer das cenas Neo percebe que é um escravo desde seu nascimento e que na verdade existe uma outra realidade no qual sempre lhe fora escondido.

Neo: Por que meus olhos Doem?
Morpheus: Por que você nunca os usou!

Você acredita que usa mesmo os seus olhos? você acha que consegue ver a verdade ou é um escravo do que lhes dizem ser "Realidade?"


Depois Morpheus mostra Neo o que é de fato Matrix e realidade, ele lhe mostra o que é a caverna e o mundo fora dela. Neo se vê de forma diferente, já com seu cabelo em tamanho normal, roupas comuns e sem os plugs no corpo, Morpheus lhe diz que esse é a sua "Atuo-Imagem resigual", uma projeção do seu EU digital. Traduzindo melhor a palavras de Morpheus e usando da Psicologia, existem em nossa mente uma parte chamada de EU. Esse EU é a nossa vontade consciente de tomar nossas decisões, é a parte da nossa mente que deve ser autor da nossa própria história. Na Auto imagem Resigual, podemos dizer que suam mente lhe vê de uma maneira inconsciente, mas o seu EU lhe de outra maneira, uma maneira consciente. As vezes nossos olhamos no espelho e apenas vemos nosso corpo como ele é (o inconsciente), Mas em outros dias nos sentimos diferentes, vemos algo que não ora percebido antes e que é algo não fisíco mas mental, aí entra em ação o seu EU, a vontade consciente desvendado o inconsciente.
Neo então faz uma pergunta: "então tudo isso não é real?" E Morpheus lhe responde fazendo outra pergunta: " O que é real para para você?" e depois completa:
-Se o real para você é o que você pode sentir, cheirar, ouvir, provar e ver, então o real são apenas sinais elétricos interpretados pelo seu cérebro.

Nesse momento ele refere-se ao mundo Sensível definido por Platão. Mas Morpheus demonstra que essa realidade é uma mera ilusão, um mundo de sonhos e lhe revela o deserto que existe no mundo que realmente é real. Esse deserto é o caos que que o planeta se tornou. Um mundo vazio de seres humanos e dominado pelas máquinas. Morpheus Explica que tal catástrofe se deu pela criação do A.I (inteligência Artificial) que foi implantado nas máquinas, tornando-as inteligentes e ao mesmo dentro destruidoras. E que agora o mundo é controlado por elas, algo que não esta tão distante de acontecer eu nosso mundo, pois você agora deve perceber o quanto é dependente dessa tecnologia e o quanto ela te escraviza. Se ainda não percebeu isso, esse é o momento de ter ideia da realidade. 

"O Destino não existe sem uma ironia"

Morpheus diz que Matrix é controle, é um mundo comandado por máquinas, construído para nos manter em controle. Isso se remete muito a nossa sociedade que também nos mantém em controle. Na cena posterior Neo sai da projeção de Matrix e volta para o mundo real, mas, assustado com tudo ele não acredita e desmaia, nesse momento ele age como os outros escravos da caverna, que no Mito, quando homem que conseguiu se libertar volta para contar aos outros prisioneiros suas experiências eles não acreditam. O mito mais uma vez demonstra a incapacidade de acreditar, só acreditamos quando vemos. E por um momento, Neo discre naquilo que viu e ouviu.
Neo acorda e pergunta se não pode voltar, Morpheu diz que não e pergunta: - Mas se você pudesse voltar, voltária? 
Se você que esta lendo isso conhece-se o mundo por de trás deste mundo que alguns julgam ser real, e visse o que é realmente verdade, gostaria de retornar a esse mundo? Não use DEPENDE!
Morpheus comenta que existiu um "homem" que podia criar tudo em Matrix libertou uma população, mostrou a verdade a eles. Acredito que esse homem seja uma ligeira representação de Sócrates, pois Platão inspirou-sem Socrátes que fora seu mestre a fazer o Mito da Caverna. Morpheus complementa dizendo a Neo: "Enquanto Matrix existir ninguém será livre." Traduzo-lhes essa frase da seguinte maneira:

Que enquanto existir um mundo de ilusões
Tu não serás livre para descobrir e redescobrir
O que podemos chamar de verdade,
Pois um escravo não pode conhecer a luz do sol,
Assim como um cego de ilusões não pode ver o brilho da realidade.

(Mayke C. Cardoso)

Neo então começa a treinar sua mente passando seu conhecimento para seu corpo, formando sabedoria em alma. Após o treino, Neo e Morpheus se enfrentam e começa na verdade uma luta mental entre eles. Morpheus fala que aquele mundo tem suas regras físicas assim como no mundo real, mas que algumas podem ser ignoradas e outras Violadas, coisa que também é possível em nosso mundo, a não ser que você caro leitor, seja apenas uma pessoa conformista que vive sobre todas as regras sem critica-las ou contesta-las. Ás vezes quebrar ou violar regras é descobrir a verdade por de trás de uma falsa realidade.
Morpheus diz algumas frases incríveis e muito inteligentes que gostaria de cita-las:

"Sua fraqueza não é sua técnica"

Nos defeitos que se tornam fraquezas não podem se tornar nossas desculpas para não nos vencermos ou ganharmos da vida. Não seja conformista.

"Vencer não tem haver com ser rápido ou forte, não tem haver com os músculos ou o lugar. Pode ser que nem esteja respirando ar. Então despreze a "realidade."

Não use as desculpas vazias da vida como pretextos para não atingir seus objetivos, não si permita ser fraco, despreze o que te faz ser fraco. Não seja coitadista.

"Não pense que é, saiba que é!"

Quando achar que for capaz de fazer o que parece impossível, não pense que capaz de faze-lo saiba que pode faze-lo. Não tenha medo de correr riscos.

"Pare de tentar Acertar e Acerte!"

Reconheça suas falhas, seus erros, seus defeitos para começar a supera-los. Depois deixa de tentar supera-los e os supere de fato. Não tenha medo de reconhecer seus erros.

"Outros podem abrir a porta da sua mente, mas somente você pode cruza-lá"

Alguns podem te ensinar o que pode ser certo ou errado, o que é verdade ou mentira, mas isso não define quem você é. Depende apenas de você ser tornam alguém. Seja dono na sua própria historia.

Na cena seguinte Neo vai com Morpheus para o treinamento de salto. Lá Morpheus tenta soltar ainda mais a mente de Neo dizendo-lhe: Você deve esquecer três coisas, o Temor, Dúvida e descrença. Esqueça essas três coisas e conseguirá saltar com sua mente.
Coisa que é pura verdade. Quando deixamos e superamos nossos medos, acreditamos em algo e em nós, e deixamos de duvidar de nós mesmos somos capazes de fazer o inesperado. Mas assim como aconteceu com Neo, todos podemos cair na primeira vez. Pois se não cairmos, não saberemos o valor de estar em pé e muito menos a grandeza de poder saltar.
Na próxima cena Morpheus mostra população do mundo, diz que "alguns são tão dependentes do sistema que vão lutar para defende-lo" e ainda completa referindo-se aos Agentes falando "Sempre vai haver Agentes que nos aprisionam, Agentes que não são "Gente." Seres que podem fechar as portas." Usarei a teoria de Autonômo e Autômato para descrever melhor as palavras de Morpheu.


Autônomo vem de Autonomia, quer dizer ter um opinião própria, não se deixar suas ideias se levarem pelas ideias de outras pessoas. É não deixar seus pensamentos se esvaírem por causa de outros.
Autômato é seguir uma opinião imposta, não ser dono da sua mente e nem da sua história. É deixar-se levar pela opinião de outros.

As pessoas desconectadas de Matrix tornaram-se Autônomas, agora elas tem seus próprios pensamentos, elas comandam e desmandam em seus pensamentos gerados em suas mentes. Já a Matrix e seus Agentes tornam a população conectada a Matrix em Autômatos, fecham as portas da clareza dos verdadeiros pensamentos, das verdades, da realidade. A influência dessas pessoas é tão grande que influência até mesmo aqueles que estão fora de Matrix. Os Agentes são para nós são as pessoas que estão a frente do Governo. Seres capazes de inibir nosso cérebro de realidades no saturando com mentiras e alucinógenos virtuais, tecnológicos e abusivos nos tornando alienados e eternos escravos.
Mas Morpheus solta uma frase inspiradora: "Esse 'Agentes' podem ser rápidos, fortes e muito inteligentes. Mas todos tem uma base formada por regras, por isso, eles não podem ser tão fortes e tão velozes quando você pode ser."
Morpheus quer nos dizer que sim, os governantes podem ser superiores, ter poderes sobre tudo e todos, mas nós podemos ser tão poderosos quanto eles pensam e acham que são. Então não seja Autômato, mas sim Autônomo na vida, seja dono da sua própria história.

Cenas depois Um dos membros que compõe o grupo de Morpheus se junta aos Agentes para fazer uma armadilha para capturar Morpheus e conseguir ter acesso ao código chave da Zaion, a ultima ilha humana do mundo. Reigan age como um dos escravos do Mito da Caverna. Age como um Autômato. Sabe que tudo não faz parte da realidade, mas aceita e gosta de fazer parte. E ainda diz: " A Ignorância é uma benção."

A verdade é que:

"Quando somos Autômatos e não Autônomos
uma mentira contada cem vezes se torna verdade."
(Augusto Cury)

Cenas depois Neo retorna ao mundo de Matrix para encontrar o Oráculo, que é uma senhora muito gentil, o que é um espanto. Mas antes de entrar na cozinha onde ela se encontrava, ele se depara com crianças especiais, que são capazes de distorcer as realidades de Matrix. Ele fica de frente com um garoto que tem uma aparência Budista que esta entortando uma colher. Neo pega a Colher e tenta dobra-lá. Mas o garoto solta frases que chocam a mente de Neo e a nossa:

"Não tente dobrar a colher, vai ser impossível.
Apenas perceba a verdade: que não há colher.
Não é a colher que se dobra, apenas você."

Irei traduzir as frases do garoto refazendo-as em forma de poesia:

"Não tente desfazer a realidade, apenas perceba que ela não existe
Quando perceber essa verdade
Quem se dobrará não sera o que se diz real
Apenas você mesmo."


Quando Neo encontra o Oráculo ela lhe diz uma frase importantissima sobre o que ser um Escolhido. Diz ser o escolhido é como estar apaixonado, ninguém diz que você esta, mas você sabe. Mas não pode ser o escolhido se esperar por alguma coisa, é preciso fazer escolhas, pois você controla sua própria vida através das suas escolhas.
Esse "Escolhido", pode-se dizer que é ser dono e autor do seu EU, como citei antes. é ter ideia das suas escolhas e vontades conscientes. Ninguém diz que você tem um EU, é você que deve senti-lo. E quando fazemos escolhas em nossas vidas é que temos total ideia dele, já que todas nossas escolhas são tomadas de formas conscientes pelo seu EU. Se não for assim, deveria ser...
Na próxima cena vemos Smith interrogando Morpheus para conseguir informações de Zion. Smith fala sobre a primeira Matrix que tentou reproduzir um mundo onde não havia sofrimento, mas fracassou, pois é somente por meio dos nossos fracassos que podemos definir quem realmente somos. Depois ele explica a Morpheus que os seres humanos não são mamíferos dizendo-lhe: "Seres humanos não são mamíferos, pois os mamíferos tentam estabelecer um equilíbrio com a natureza, mas os seres humanos se multiplicam, vão para um lugar e quando todos os recursos se esgotarem a única maneira de eles sobreviverem é ir para outro lugar. Um comportamento que se assemelha a de outra espécie, que é o "Vírus" e Smith ainda completa: "O ser humano é um vírus, o câncer do planeta, uma praga."
Depois dessas palavras impiedosas de Smith Neo aparece para salvar Morpheus e consegue. Neo e eles tem uma pequena conversa onde Morpheus diz "Existe uma diferença entre conhecer o caminho e trilhar o caminho"Momentos depois Neo tem um combate incrível com Smith e como por milagre ele vence ressuscitando como "Jesus" dando fim ao filme.

A conclusão na qual podemos chegar sobre o primeiro filme de matrix é a seguinte: No mito de Platão existem dois mundos, como o de Matrix, o mundo sensível e o mundo das ideias, onde somente o pensamento humano nos dirige a ele, assim como em Matrix somente a libertação da mente é que pode leva-lo ao mundo real. Julgamos tudo o que vemos real, mas tudo não passa de sombras e ilusões, assim como em Matrix Neo duvidou de tudo o que estava a sua volta e depois percebeu que tudo não se passava de meros sonhos. Então será que viver nas sombras é melhor do que viver na luz? Alguns preferem dentro da caverna, outros tentam desvendar os enigmas de fora. E você onde está agora?
Buscando um pouco da minha teoria sobre "A Escolha" vou discorrer sobre ela melhor no ultimo filme Matrix Revolutions que dá todo o sentido da escolha, mas por enquanto saiba que:

Devemos descobrir o que é realidade
Procurar o que é verdadeiro
E quando descobrir
E você quem vai "Escolher" no que acreditar
Mas saiba que em algo você sempre deve acreditar
Se não o "falso" mundo vai te dominar.

(Mayke C. Cardoso)


Link para Download do filme: http://depositfiles.org/files/5lpuuxu4k
(Audio em Inglês e português)







sábado, 13 de abril de 2013

ANÁLISE DO FILME LARANJA MECÂNICA


Sob a direção de Stanley Kubrick e estrelando Malcolm McDowell, Laranja Mecânica é uma fábula de ficção científica social, produzido em 1971. Trata-se de um filme eletrizante e bombástico, uma tradução audaciosa do romance distópico de Anthony Burgess, onde muita gente julgou impossível produzi-lo para o cinema.
 Delinquente porém inteligente, o espertalhão Alex de Large tem como prazeres essenciais a pornografia, as melodias clássicas de Beethoven, principalmente a Nona Sinfonia e a liderança de sua gang ou bando, os “Droogs”. Caracterizados com macacões brancos e cuecas estilizadas e usando chapéus-coco pretos, desenvolviam  acessos frenéticos provocados por uma droga denominada de moloko, com a finalidade de praticarem a ultraviolência. Suas formas de se divertirem consistiam sempre com a tragédia dos outros. A transformação de Alex de um punk sem moral até um cidadão exemplar doutrinado e sua volta ao estado rebelde, compõe a chocante visão do futuro que Stanley Kubrick profetizou.
Após ser preso durante um de seus assaltos, e matar uma mulher com um golpe desferido por uma escultura fálica na cabeça, Alex é submetido a um tratamento experimental, desenvolvido pelo governo, na prisão. O tratamento consiste em uma punição psicológica, onde o jovem é drogado antes de assistir filmes extremamente violentos com musica clássica como trilha sonora, para que ligue as imagens às dores que elas provocam. Este tratamento faz com que Alex se torne incapaz de praticar qualquer ato de violência, e como efeito secundário, também não consegue escutar a 9ª Sinfonia de Beethoven, que antes era sua preferida.É um filme bastante violento, fisicamente e psicologicamente, com linguajar próprio, mistura de gírias das arquibancadas de futebol londrino da década de 50 com o idioma russo, além de roupas da época, o que o torna interessante. As cenas de violência gratuita, assaltos e estupros chocam por serem feitos com muita “normalidade” e prendem a atenção de quem está assistindo, ainda mais por se encaixar com o que acontece na nossa sociedade, que por serem tantos casos, tantas vezes, acabam sendo deixados de lado, como se as pessoas apenas esperassem pela próxima tragédia. Também retrata a ação do governo na prisão, com um tratamento experimental, mostrando ser tão violento quanto às delinquências praticadas pelo personagem principal e sua gangue, por ser algo que tira o livre arbítrio, que tem o propósito de mudar e controlar. Após Alex ser solto, e a sociedade que o considerava violento, o recebe com a mesma violência.

  ASPECTOS SOCIOLÓGICOS DO FILME
Fazendo uma leitura sociológica do título do filme, Alex de Large  representa simbolicamente uma laranja (somos experimentos e cobaias da vida e das circunstâncias) mecânica (para demonstrar nossas alterações de humor, nossos artificialismos e ações programadas como robôs nas mãos de quem detém o poder).     
          O título original londrino Orange, que além de laranja passa a designar também “homem”. Isto se dá por um trocadilho feito com a semelhança fonética de orange com orangutan (orangotango, primata altamente desenvolvido, “parente” do homem). Ou seja, temos aí “Homem Mecânico”, que é o que Alex se torna após o condicionamento, um ser programado, sem poder de escolha.
          Outra versão seria de que o termo vem de uma velha expressão “Cockney” que designaria tipos estranhos (havia a expressão tão esquisito quanto uma Laranja Mecânica – há certa ironia em dizer que algo orgânico possa ter mecanismos e engrenagens. Portanto, a expressão se assemelha a algo incomum, estranho, ou seja, agressivo, desequilibrado, que odeia as instituições e os seres, e por isso os agride.

         Seus pais englobam todos os estereótipos da classe trabalhadora britânica : estúpidos, simplórios, sem ambições, passam o tempo livre vendo televisão ou lendo tablóides sensacionalistas. O apartamento é decorado com péssimo gosto e o relacionamento entre eles próprios é caricatural. Já o quarto de Alex é “estiloso” e mostra um gosto por arte.  Uma explicação para a atração duradoura de "Laranja Mecânica" é a contemporaneidade intelectual dos temas de que se ocupa. 
       A violência gratuita deliberada, a máquina estatal que prefere submeter seus delinqüentes a lobotomia do que lhes permitir o direito de escolha. Os jovens que usam drogas para se prepararem para uma noite de estupro e pilhagem. Uma sociedade que cura a violência através da criação de robôs morais.
O Alex no início é um tipo de Lúcifer, solto num inferno urbano. Ele não sente culpa, não tem escrúpulos nem remorsos, mas como ele mesmo diz, tem que ser destruído. Mas nós respondemos a ele numa maneira ambivalente, achando-o atraente mesmo quando ficamos revoltados com as coisas que ele faz".
     Alex De Large, o nome do personagem principal, além de ser anagrama de Alexandre, o Grande, tem um significado extra: A-lex, do latim sem lei. Ele é um ser guiado por seus instintos e interesses, desprovido de moral ou consciência.

        Alex é um amante de Beethoven, tem fantasias de dominação e poder e vê o crime como uma forma de expressão artística. Quando atacam, Alex e seus “droogs”(amigos) estão mascarados (semelhança com o teatro clássico grego) e a violência é estilizada e teatral, acompanhada por Gene Kelly e números de dança.Ao final do filme – após sua tentativa de suicídio – já no hospital, Alex se encontra com os membros imobilizados. O ministro do interior o visita e se oferece para ajudá-lo com a refeição. Alex simplesmente abre a boca como um filhote de pássaro a espera de comida. O ministro o serve, selando assim a cumplicidade que irá se estabelecer nesse momento em que Alex é dominante, pois, para limpar sua própria imagem, o governo precisa dele ao seu lado.O filme enfatiza a brutal e violenta natureza do homem porque é um retrato verdadeiro dele. E qualquer tentativa de criar instituições sociais baseadas em uma falsa visão da natureza humana está provavelmente condenada a fracassar… A ideia que restrições sociais são totalmente negativas é baseada numa utópica e irrealista visão do homem.”
  Sem dúvida, a ideia de Kubrick do homem livre de inibições vai totalmente contra a ideia do “bom selvagem” de Rousseau; mas ele também não espera que o “adestramento” do homem vá ser uma grande solução. Kubrick, na sua visão, mostra que é vã a esperança humana de salvação pelas instituições sociais, mostrando o “selvagem” (Alex) em seus encontros com personagens que representam outros arquétipos
Stanley Kubrick

Análise Psico-Filosófica 
As teorias Filosóficas que serão apresentadas no decorrer da a análise, tendo em vista que algumas são minhas.
O filme inicia-se com Alex e seu grupo em uma leiteria ingerindo Leite misturado a uma droga que aumenta consideravelmente nosso desejo por dor e violência, liberando o que eles chamarão de "Ultra Violência". Tal droga é mostrada no filme como uma forma de nos fazer entender que cada ser humano possui uma dose considera de violência animalesca e irracional dentro de si mesmo, essa droga apenas traz essa violência a tona. Coisa que ocorre quando muitos ingerem álcool ou usam drogas e outros alucinógenos. Quantas pessoas você já não viu que trouxeram essa "ultra violência" para fora em quanto estavam drogados ou alcoolizados? Pode ser que até mesmo você já tenha passado por isso. Perceba que a o desejo de violência e falta de raciocínio é tão grande, que parece que a pessoa se transforma em outra, um alguém totalmente descontrolada cedento por uma dose consideravel de Horror. Agora imagine uma humanidade inteira assim.... Seria horrível não?
Na cena seguinte Alex que é o personagem principal e líder do grupo do que ele chama de Droogs, estão andando pelas ruas sombrias de seu bairro quando encontram um velho senhor deitado as de baixo de uma ponte as margens da tristeza e da depressão, cantando uma canção de dor e sofrimento ao mundo em que vive. Quando ele pede um simples trocado aos garotos, eles tem uma reação que não é muito difícil de se ver hoje nas ruas ou dentro das casas. Eles reagem com violência, sarcasmos, ignorância e egoísmo. O senhor diz uma frase muito relevante a situação da sociedade. Diz que este mundo converteu-se em lixo, que nada aqui presta mais, que nós seres "inteligentes" conseguimos conquistar o terreno da lua, mas não damos respeito e levamos em consideradção o solo da sociedade em quanto humanidade. Que o mundo virou lixo pois agora garotos da minha idade ou da sua, ou da idade de seus filhos,  não tem mais respeito aos mais velhos, como se cada fiu de cabelo branco fosse apenas um mero inseto sem significado, sentido ou poder.

Assim sendo, após o discurso de senhor, eles batem violentamente no idoso, deixando claro, logo de cara, que o filme se trata de uma critica severa e realista a falta de Humanidade nos homens. Que a violência tornou-se o espetáculo do horror da vida, e que bater e matar por egoísmo é a atração principal.Em segundos, a próxima cena da inicio a uma abuso sexual dentro de um teatro por parte de outra gangue, também formado por quatro pesso

as que são rivais do grupo de Alex. O que me chama a atenção é que fora logo em um teatro, pois eu como artista, compreendo o valor gigantesco de um teatro, pois ali se encena a vida em quanto arte, e com ele se valoriza a vida. Entretanto, ali se encenara o sexo violento como um show de horror e desumanidade.O grupo de Alex chega em pouco tempo ao local, e ali mesmo as gangues se enfrentam, e claro que o grupo de Alex sai vitorioso, devido a ingestão da droga, mostrando-nos que a o poder da raiva e da violência é inabalável diante de forças menores. E o que se fez importante, é a outra gangue estavam vestidos de Nazistas, retratando que o Nazismo foi um grande marco da violência e do abuso sobre a raça humana, por tanto, toma-lo como simbolo é perfeito.
Antes de continuar a descrever o filme, existe uma pergunta que deve ser feita. Pense e tente responder: Por que nós, os seres humanos gostamos tando das cenas violentas? por que nos jornais locais e noticiários da Televisão o que mais da audiência são as matérias sobre morte, homicidio e assassinato? por que nós temos essa satisfação inconsciente em ver tais cenas? Se algum dia você nunca parou para refletir sobre isso, acho que agora é a hora.
Também me fiz tal pergunta, e entendi, que nós seres humanos somos o que? Animais! Também somos assim como os leões, tigres, lobos, e etc. Temos instintos dentro de nós, reagimos conforme a situação. A diferença entre nós e os animais, é que temos um cérebro que nos dá consciência de nossa existência e conseguimos forma-lá conforme nossas escolhas ou ações. Todavia, cada vez mais o nosso lado animalesco e irracional vem aflorando conforme nossa sociedade, politica e educação vem cada vez mais deixando de lado o amor próprio e ao próximo. Cada vez mais não nos importamos com quem sofre, com quem chora, com quem si mata. E não percebemos que nós também choramos como os outros chorão, que sentimos dor como os outros sentem, que sofremos como os outros também sofrem.
 Negar as emoções de outros é negar a si próprio.
Gostamos de ver sangue nas telas da nossas televisões por que assim como os lobos e leões, gostamos de ver aquilo que nos dá prazer e satisfação. A diferença é que os lobos e leões gostam de ver o sengue para suprir sua fome, e nós, para sentir prazer.
Cenas depois, Alex e sua gangue vão casa de um escritor que encontra-se na companhia de sua esposa, e a gangue de Droogs invade o local abusando sexualmente da esposa do escritor e violentando ele, mas comentarei essa cena posteriormente quando acontecer a reviravolta da história. Mas vale ressaltar a canção do filme Dançando Na Chuva.
Depois da cena, a gangue volta a leiteria para tomar mais um pouco do leite  para liberar mais um pouco de "ultra violência", mas Alex depara-se com uma cantora que toma em sua voz uma das canções mais belas de todas, a 9º Sinfonia do imortal Beethoven, que por sinal é o musico favorito de Alex. Entretanto, um dos seus Droogs (Jin) começa a rir e a esboçar um tom de sacarmos em relação a voz e a musica, mas Alex o agride e lhe ameaça impondo-lhe seu poder autoritário sobre ele, mas Jin não aceita tal repreensão e supõe uma luta, mas Alex lhe diz para escolher o dia e o local do duelo com uma voz ameaçadora, e Jin desiste e se deixa vencer pelo poder autoritário de seu "irmão."
O Fato é que Alex tem um poder de controle e liderança tão grande sobre o grupo, que ele se torna incontestável. Você já fez parte de um grupo onde tive-se alguém assim? Já quis mandar nas pessoas desta forma? Já pensou em ser um tirano? pois é nisso que se resume tal vontade.
Após a noite de "horror-show total" Alex encaminha-se para sua casa e passa pelas ruas de seu conjunto, e temos uma visão realista de como nossas ruas são hoje em dia. Abandonadas, sombrias e totalmente a Mercer da violência. Demonstra um mundo abandonado, e deixado para apodrecer diante das vontades e desejos animalescos que possuímos. O que não é nada diferente de hoje em dia, mas pode ser que piore.
Mas o nosso personagem principal chega a sua casa e encontra-se vários símbolos de virilidade masculina, ou seja o pênis sendo enfatizado de maneira excessiva, tanto é que Alex e seus Droogs usam um protetor genital sobre as calças exatamente por isso. Quando ele adentra em seu quarto, se vê vários símbolos e esculturas ponográficas e ironicamente um poster de Beethoven, ele então, começa a tocar a clássica 9º Sinfonia, e é mostrada esculturas de Jesus Cristo, pois os homens é que são fortes e seguros, enquanto as mulheres são apenas objeto de desejo.
Ideal esse que deve ser totalmente descartado.
As esculturas de Jesus dançando, da a entender que esta ali como se estivessem comemorando o fato de serem homens. Isso nos da a entender que a ideia neurótica de homens serem os melhores, é correta, e que  Jesus foi o homem com a maior virilidade é uma fonte de força e inspiração.
Alex enquanto sente os sons da vibrante musica de Beethoven começa a visualizar cenas de Violência e sentindo um prazer incrível diante de tais situações, e que ele queria ser a grande fonte de toda aquela violência gratuita.
Na manhã seguinte a mãe de Alex, que aparentemente é uma mulher desorientada, tenta acordar Alex para ir ao colégio, mas ele finge uma dor de cabeça para não ir, depois a mãe dele vai até ao encontro do pai e conversam sobre o filho que anda faltando demais as aulas e sai a locais totalmente desconhecidos por eles. Essa cena nos reflete a realidade que vivenciamos hoje, onde pais não sabem mais onde encontrar seus filhos, tanto dentro deles mesmo, quando por fora. Não sabem aonde estão, com quem estão e o que farão. A preocupação diminui por que a responsabilidade diminui, é mais fácil deixa-lo de lado do que se preocupar e cuidar.
Muitos pais agem assim, não ligam para aquele que deveria ser a jóia mais bem cuidada, o tesouro que mais deveria ser valorizado, que é o próprio filho. Muitos preocupam-se mais com as contas a serem pagas, com os investimentos que fizeram do que saldar a divida  emocional que tem com seus filhos.
Se nos formarmos como pais desequilibrados
Formaremos uma educação desequilibrada
E faremos de nossos filhos, meros fracassados.

Cenas depois nosso personagem Alex vai a uma loja de discos vestido uma fantasia de pequenos príncipe, que é um personagem de uma das historias filosóficas mais belas da literatura, mas nosso personagem usa a imagem  meiga, infantil e inofensiva do pequeno príncipe para mascarar o que e quem ele é de fato.
 Então, ele encontra duas garotas e uma cena muito engraçada e critica acontece, quando uma delas pergunta qual ele vai querer ouvir, se é de alguma banda que aparentemente, tem musicas de baixo conteúdo construtivo e de bom gosto, e Alex lhes pergunta se elas vão ouvir aquile lixo em um aparelinho portátio indo de lá para cá. Se formos parar pensar, ele faz uma alusão a nossa realidade onde temos nossos celulares, Iphodes, Ipeds, Mps onde muitos ouvem musicas horríveis e de mal gosto. Como se já não fosse o bastante existir, ainda tem que ser levada de l á para cá. Se você já pegou um ônibus enquanto estava estressado e ouviu aquele funk ou brega chato e insuportável, você compreende o que eu quero dizer.
 As garotas vão até a casa de nosso personagem e ironicamente toca uma trilha sonora sinfônica, clássica dos desenhos animados enquanto os personagens fazem sexo descontroladamente, chega a ser hilário a cena, mas reflete-se uma realidade de que a juventude adora se dizer extremamente viril e eficaz quando o assunto é sexo. Adoram dizer que duram mais na cama do que seus amigos,  gostam de dizer que são melhores em determinadas posições e que conseguem provocar em seu parceiro ou parceira vários orgasmos, o que se torna motivo de orgulho para eles. Mas pense bem: Podemos até atingir a excelência sexual na cama do prazer, mas será que somos capazes de atingir a excelência emocional na cama das emoções? conseguimos cultivar o prazer de viver e de amar a si mesmo? Atingir o prazer sexual é bom, mas conquistar o prazer emocional é excelente. Não tem como alguém não amar e sentir prazer naquele que doa o amor do prazer de viver.
O líder Alex encontra-se novamente com sua gangue, mas agora eles estão com um olhar e ideias diferentes de seu líder, eles querem fazer coisas mais grandes, e querem coisas mais valiosas, como se todo a violência e horror não fosse o suficiente, coisa que assassinos, psicopatas, ladrões realmente pensam. Alex percebe que eles querem ter voz mais ativa no grupo e não seguir ordem as cegas, pois estão cansados das decisões severas dele, por tanto tentam uma afronta a sua liderança.
Depois Alex finje ter aceitado as condições, mas quanto começam a andar pelas ruas do conjunto de Alex, ele mesmo agride seus "Drooguinhos", mostrando toda sua força e capacidade de controlar e de exercer medo sobre eles, tentando dar-lhes uma lição da famosa frase "sou Eu que Mando Aqui".
Aquele que trata seus liderados como servos
Não tem direito de lidera-los.

Apesar de nosso "herói" ter exercido todo seu poder sobre seus servos, ele aceita as ideias deles, e quer dar seguimento ao plano, para agirem como "gente Grande" e assim ter mais lucros. 

É daí que saí a primeira vitima de Alex, que foi a dona de um  hotel fazenda que eles iriam roubar, mas o quando líder acaba assassinando a mulher e depois traído por seus companheiros, e por fim, acaba sendo preso e torturado por policiais. Depois Alex é sentenciado a 14 anos em uma penitenciaria para arcar com seu crime. A penitenciaria demonstra ser um local onde existe uma disciplina controladora e neurótica demonstrando um respeito doentio. Alex tenta se adequar ao local, um fato interessante é que a mesma penitenciaria tenta usar a religião como uma fonte de cura da violência para que seus detentos superem seus demônios internos, tentando tirar deles o desejo de roubar, matar, violentar, estuprar, etc.

Mas como já dizia o filósofo Nietzsche, a religião crista é como o
álcool, é uma droga inventada para nos inibir da dor que sentimos e causamos, mas não nos ajuda a supera-lá e controla-lá dentro de nós.
Mas nosso Anti-Herói, começa a se interessar pela Bíblia, entretanto, o seu EU, não encontra motivação nos textos e nas palavras que realmente deveriam inspira-lo, mas sim nos capítulos onde se encontra violência, sangue, injustiça, sofrimento, escravidão, abuso de poder e forçar.
Mas o personagem quer mesmo é sair daquele local e voltar a liberdade dos seus dias de "horror-show total", assim sendo, ele fala com o padre responsável pela instituição e lhe pergunta sobre um tratamento e experimental no qual lhe oferece a liberdade em poucas semanas. O padre então lhe fala que este é o Método Lodovico, que é o tratamento que da inicio a critica ao sistema controlador da mente e ao governo. Por fim, Alex consegue ingressar na clinica que faz o experimento da técnica da suposta cura.
Alex então é submetido a na verdade uma tortura por imagens, esse tipo de tortura é bem antiga e faz com que a pessoa veja repetitivas imagens sem ter a opção de fechar os olhos ou evitar as imagens. Por exemplo: quantas vezes você não quis ver determinada cena de um filme de terror pois sabia que aquilo te causaria transtornos? Agora imagine você ver centenas dessas cenas com o mesmo peso de medo e horror, crescendo gradativamente. Você ficaria horrorizado? transtornado? COM CERTEZA.
Isso ocorre por que se abre uma janela na sua mente chamada Janela Killer. Vou usar a teoria das janelas da memória desenvolvida por Augusto Cury.
Na mente humana existem três tipos de janelas: As janelas neutras, Janelas Ligth e Janelas Killer. As janelas neutras são as janelas que não possuem nenhuma carga emocional, ou tão pouco que é como se não fizesse diferença, é lá que se encontra a os conhecimentos de cálculos, equações, fórmulas e conhecimentos breves. Aqueles que aprendemos nas escolas. Por isso não conseguimos nós recordar facilmente de determinados conhecimentos matemáticos, pois eles não tem nenhuma carga emocional. Por exemplo: por que quando lemos um livro inteiro sobre cálculos e formulas matemáticas nos lembramos de tão pouco e quando ouvimos uma musica chata somente uma vez, nos lembrados de cada palavra? É simples. É por que o registro depende da carga emocional com que é registrada. Coisas que tem uma carga emocional maior são registradas  privilegiadamente em nossa memória. Fórmulas não são tão fáceis de se recordar, pois você não sente absolutamente nada enquanto as aprende, mas quando você ouve uma musica chata, nossa mente arquiva ela com privilégio, pois sentimos aquela raiva em ouvir, por isso é mais fácil de lembrar.
Pense bem: tente lembrar de cada ponto do ultima fórmula matemática que você aprendeu nessa semana. Vai ver que terá uma certa dificuldade. Agora tente lembrar do pior dia da sua vida que provavelmente já aconteceu a um bom tempo. Perceba que foi muito mais fácil de lembrar, pois foi arquivada com muitos sentimentos ruins que lhe causaram sofrimento. A emoção determina a qualidade do registro.
As Janelas Ligth são janelas onde são arquivadas emoções inteligentes como altruísmo, amor, amizade, respeito mutuo, resiliência etc. É através dessa janela e dessas emoções que tomamos atitudes inteligentes diante diante das dificuldades ou de momentos bons e agradáveis. Atitudes como ser perdoado, educar, conter-se diante de provocações e da raiva, abre janelas Ligth que registram emoções boas.
A janela mais importante para descrever a tortura de Alex é a Janela Killer: Como sabemos Killer significa Assassino, mas não é uma janela que assassina o corpo, mas sim a alma e a mente. Atitudes ruins, pensamentos negativos, emoções de ódio, desprezo, intolerância, Vingança e outros, abrem várias  janelas killer que fazem com que nossas atitudes se formem através destas emoções. Várias fobias, medos, traumas também se formam nessas janelas. E é exatamente isso que aconteceu com Alex.
Janelas Killer traumáticas se abriram através daquelas cenas, mas um fator primordial da reação dele, foi a droga que lhe injetaram, que faz com que o personagem tome evite atitudes agressivas diante de pensamentos ruins e violentos. Ele começa a passar mal, como se fosse vomitar, estive-se sendo asfixiado ou se afogando. Essa droga controla totalmente sua liberdade de agir, Encarcera suas idéias e aprisiona suas atitudes, fazendo com que ele queira morrer diante de seus sentimentos ruins. Mas um fator que atribui  para piorar mais ainda situação de Alex, foi o trauma gerado quando ele viu as cenas de violência escutando sua musica favorita: A 9º Sinfonia de Beethoven. Isso foi um acidente, mas fez com que o personagem cria-se um trauma ainda mais forte quando ouvi-se a musica, tornando-se um elemento de auto-punição, dando-lhe mais força para se suicidar. Pois a musica é associada as cenas e aos sentimentos de violência.
Em seguida, após concluir o tratamento, Alex faz uma apresentação para um publico ansioso para ver a tal "cura" do método Ludovico. O personagem enfrenta primeiramente um ator que o humilha diante de todos, lhe agredindo físico e verbalmente, e ainda por cima lhe faz lamber os sapatos do agressor. Alex diz que sentia vontade de reagir, mas seu corpo tomara uma atitude totalmente contrária a de sua mente, ele começa a passar mal, sentindo uma sensação de agonia sem fim. Provando que o metodo era eficaz, pois ele não mais poderia agredir ninguém.
Em seguida entra uma mulher semi-nua, e Alex sente uma vontade incontrolável de fazer o que ele chama de "entra e sai" ali mesmo, no palco, mas quando estava prestes a por seu pensamento em prática, seu corpo mais uma vez retrai diante de tal pensamento, provando mais uma vez que o método é tão eficaz, que faz com o desejo sexual agressivo seja retraído, fazendo com que o "paciente" não tome nenhuma atitude de abuso.
O representando do governo, diz que Alex é a prova vive de que o experimento é a cura do mal e da violência do mundo, mas o padre, com muito inteligência, diz que a Alex perdeu seu livre arbítrio. Diz que um homem só pode ser bom, se ele escolher ser bom e não por que foi obrigado. São nossas escolhas que fazem de nós quem somos e o que queremos ser. Porém, o Representante do governo deixa claro que ideias emocionais ou religiosos nada tem haver com a justiça, pois o importante é que o método dá certo, assim sendo, dane-se as ideias de liberdade de escolha. Dali em diante, Alex perde totalmente sem poder de escolha, de fazer aquilo que bem entende e pensa, perde seu livre arbítrio. A e o sofrimento tirou sua humanidade e o transformou em uma maquina controlada, um fantoche do governo. Devo integrar que esse exemplo de Alex é exatamente o que nosso governo quer fazer conosco. Não pense que eles querem nos dar a mão da liberdade, mas sim as correntes da escravidão. Presidentes, deputados, Prefeitos, senadores ou quem mais for, quer que nós sejamos meros fantoches seguindo ideias paranóicas sem escolher o que nos é certo ou errado, pois assim é mais fácil de controlar a massa.

Aquele que escraviza o corpo e a mente humana
Não tem o direito de ser humano.

Quando Alex retorna para sua casa um novo inquilino (Jhol) toma conta de seu quarto e faz com que seu família o negue. O nosso personagem principal não gosta nada disso, e quando tenta agredir o Jhol, as drogas começam a fazer efeito novamente, forçando-o a tomar uma atitude "boa." Mostrando que ele não tem mais controle do seu próprio corpo, mesmo sem situações de desprezo. Por fim, Alex perde tudo o que tinha, a casa, seus pais, amigos e sua própria vontade.
 Mas a histórica começa ficar melhor ainda, pois quando Alex caminha pelas ruas, sozinhos, magoado e transtornado, ele reencontra determinadas pessoas que agora vão lhe fazer sofrer, assim como ele fez com elas. Ele encontra o senhor que foi agredido no início do filme, e ele é agredido pelos companheiros de rua do senhor.

 Depois ele encontra seus "Drooguinhos" que agora lhe batem e lhe torturam com a mesma autoridade que Alex tinha, e por fim, ele encontra o escritor que perdeu sua esposa devido o abuso sexual que ele e seus companheiros fizeram contra ela.
Agora quero que você se imagine com revolver na mão, e com a emoção de uma criança que vai brincar pela primeira vez com seu brinquedo novo, você dispara essa arma para o alto, para o céu. Você sente uma prazer e uma alegria fascinante e incrível dentro de si, entretanto, tudo o que vai, uma hora vai ter que voltar, e enquanto você comemorava e se alegrava pelo tiro, a bala que você disparou esta voltando para o mesmo ponto em que você atirou, e cada vez mais ela vem ganhando força em quanto se aproxima do chão, e por fim, ela lhe atinge exatamente na cabeça. O que quero lhe dizer com isso é simples: Não importa quanto mal você faça, vivemos em mundo onde o que você faz, um dia você  ira voltar com muito mais força para você. Por tanto, se cultivamos o mal, crescerá uma árvore de vingança sobre nossas costas, mas se plantarmos o que for bom, teremos eternamente a sombra da mais bela árvore para nos esconder do calor das tensões.
Antes de chegar ao final do filme, o escritor percebe que Alex fora uma vitima do governo que ele desaprova, por se tratar de um partido politico que prega o totalitarismo sobre a população e o controle sem precedentes da mente, destruindo o direito a liberdade. Mas depois o senhor percebe que ele foi o seu antigo agressor e com muita ironia, diz que ele é vitima dos "Tempos Modernos", termo este que me lembra o filme de Chaplin, onde somos escravizados pelo trabalho, mas neste filme, somos escravizados pelas idéias doentias do governo.
Alex então descreve a dois jornalistas que são amigos do escritor como foi o processo que passou de tratamento Ludovico, mas essa descrição tornou-se o seu caos, pois o escritor usa dessas informações para tortura-lo com a 9º Sinfonia de Beethoven que acaba lhe trazendo sensações ruins e vindo a tona a vontade incontrolável de se matar. E Alex realmente tenta o suicídio jogando-se pela janela do quarto onde estava trancando.
Por fim, Alex não morre, e acorda em um leito de um hospital. Quando ele desperta ele encontra seus pais. Infelizmente, Alex os despreza, mas esta cena mostra que, haja o que houver, não importa quais erros tenhamos cometido uns com os outros, somente nossos pais é que realmente estarão ao nosso lado, sem duvida, por mais que eles não sejam aqueles que realmente queríamos, mas eles farão e estarão onde precisarmos.
Depois disso, Alex encontra-se com uma psiquiatra de cabelo roxo, e ela lhe faz passar por um teste de imagens para saber quais são suas reações diante delas. O nosso personagem mostra reações que antes ele estava sendo inibido de ter, que são reações ofensivas e agressivas. Ele pergunta a Doutora que teve um sonho, que sentiu como se vários médicos estivessem mexendo em sua cabeça tirando-lhe algo, a Doutora lhe diz que foi um sonhos consequente de sua experiência ruim, mas a verdade é que antes ele passou por uma cirurgia onde lhe tiraram o fator da droga que inibia sua liberdade de escolha.
O representando do governo retorna mais uma vez para falar com Alex, tendo em vista que apos ter sido acusado pelos atos animalescos de seu governo, ele tenta fazer as pazes com Alex que não faz a menor ideia do que esta acontecendo. O ministro, diz a ele que agora eles vão se tornar "amigos" pois ele e seu governo "se preocupam" com o bem estar e os interesses de Alex, tanto que deram fim ao escritor que o torturou e se vingou, mentindo para ele dizendo que na verdade, o escritor estava tendo uma ideia paranóica de que Alex fora um agressor dele e culpado pela morte da esposa, o que é verdade, mas o ministro tenta escurecer isso com uma suposta neurose. O ministro ainda lhe oferece um bom emprego com um bom salário e que dali em diante eles seriam amigos, pois um ajudaria ao outro. Na verdade o Ministro estava cuidando de sua cobaia para que mais criticas não caíssem sobre seu governo, e Alex diz que ajudará o ministro no que precisar, mostrando que agora ele se tornou definitivamente um boneco nas mãos do governo, que terá sua ajuda para dar prosseguimento aos objetivos de controle, dominação e destruição da população.
Na ultima cena nossa Anti-Herói Alex, diz que estava "curado", esse curado que ele quer dizer, é na verdade livre novamente para fazer suas escolhas. O poder de escolher entre ser bom ou ruim, de fazer o bem ou o mal, promover amor ou dor, mas é claro que Alex prefere muito mais  a liberdade de promover a violência.
O filme deixa claro que nós, seremos humanos, temos uns liberdade de escolha: de sermos bons ou ruins, conforme nossa vontade. Mesmo não sabendo o que de fato é ser ruim, muito menos o que é ser bom. Cada um deve ser livre dentro si para que suas escolhas sejam de sua vontade, mas quando alguém aprisionar suas vontades de escolha, serás apenas uma máquina controlada. Por tanto, em hipótese alguma permita ser escravo das ideias, não deixe sua emoção ou razão ser encarcerada pelo poder da destruição.
 É muito melhor sermos "maus" por escolha, do que "bonzinhos" por obrigação.
Assim sendo, não seja escravo de si mesmo, muito menos de governo, conserve sempre os seus direitos.

Link para Download do filme Dublado: http://depositfiles.org/files/p194snrnw
Link para Assistir online (dublado) : http://veevr.com/embed/HgvyYDXLf